Alejandra Freymann

SIBONEY


Jardín estereoscópico, 2024
Guache grafite e tinta sobre papel
50 x 70 cm.

Alejandra Freymann (México, 1983. Reside em Espanha desde 1992). As suas obras oferecem-nos paisagens aparentemente serenas, por vezes povoadas por personagens ou animais que exalam ternura. Embora seja verdade que, sem uma ameaça visível, transmitem alguma instabilidade, uma preocupação difícil de definir. Os planos articulam-se em superfícies de cores poderosas que parecem fundir-se entre si sem perderem a sua precária independência, tanto quanto a suposta racionalidade do figurativo ou a pureza do abstracto.
São narrativas enigmáticas, histórias com começo e fim indefinidos, que às vezes evocam o realismo mágico mexicano e outras vezes paisagens oníricas. Apesar da fragilidade e do ar irreal que as suas cenas transmitem, incorpora também humor, carga emocional, um certo optimismo, referências ao poder simbólico da natureza ou autores muito diversos. Ao longo da sua carreira artística sempre transitou entre a abstração e a figuração.
Na Drawing Room Lisboa 2024 apresentamos uma série de desenhos da sua série “Variaciones en torno al paisaje, la montaña, lo transitorio y la idea de jardín”. Estas paisagens não são lugares, são ideias. Fragmentos de montanhas, mares, estradas, ilhas, campos onde vivem corvos ou jardins onde os visitantes desaparecem. Paraísos vazios onde os olhos dormem o sono de um pássaro sem palavras.