Ángela Sánchez

Espanha, 1974

ARTE PERIFÉRICA

1999, Licenciatura em Pintura, Universidade Complutense.

…”As séries de Ángela Sánchez são, de modo literal, a história necessária de um gesto; a história da sua arte. Na ânsia de concentrar camadas de tempo, de reciclar e reconstituir, de desenvolver cada possibilidade há também algo de utopia babélica — o zigurate mesopotâmico, o antecessor da pirâmide, é aquela construção que se edifica paulatinamente sobre seus próprios restos, aspirando assim a ser enciclopédico. Mas na realidade trata-se apenas de deixar que a pintura seja e assim possa revelar o que tem de força vital — e demonstrar que é real —, possa sofrer os acidentes da existência e dar — mais uma vez literalmente — seus frutos. Porque se a obra desta artista ilustra essencialmente seu próprio futuro, suas vicissitudes, suas surpreendentes metamorfoses, seu barroquismo e seu colapso, sua peculiaridade consiste decerto em deixar emergir do informe, do residual uma forma ou, para ser mais preciso, um símbolo.”…
Javier Rubio Nomblot