CARLOS ANDRADE

Portugal, 1968

TREMA ARTE CONTEMPORÂNEA

Com “Histórias da minha pele” dou continuidade ao projeto “pele da minha pele”.
Cada intervenção escultórica é um fragmento de memória ligada física e espiritualmente com a anterior. Fragmentos no tempo de uma experiência interior materializadas no mármore (eu pele), não como necessidade de perpetuar (per petram), mas sim de expor a fragilidade da nossa condição através da epiderme do material, num fluxo que vive no ritmo do movimento, na forma e na luz, uma verdadeira linguagem do sensível. No processo, o frágil e efémero estão presentes, o material levado ao limite da resistência e tensão cede, desagrega-se criando um todo processual onde o acidente também é resultado estético.
Estas narrativas parciais são articuladas e constituem um caminho que se vai fazendo, como uma construção progressiva no devir de obra em obra no espaço e tempo de cada exposição.

Carlos Andrade