CARLOS NOGUEIRA
Moçambique, 1947
Na obra de Carlos Nogueira, o papel é trabalhado de forma pouco convencional. Usando o fino papel japonês para cobrir a superfície dos objetos, sobre os quais são aplicadas camadas de pó de grafite ou a ponta de um lápis, o artista marca deliberadamente as suas obras, evocando o brilho captado nas ondas do mar ou no profundo aveludado céu noturno. O seu interesse pela arquitetura e a forma como nos relacionamos com ela no contexto do nosso ambiente é a base do seu trabalho. Muitas vezes as peças são híbridos de materiais e formas artificiais que incorporam texturas, matéria e referências ao mundo natural; um equilíbrio harmonioso é alcançado entre ambos.