CESC ABAD

Barcelona, Espanha, 1973

TRINTA

“Minha relação com a arte pode ser resumida no ato da descoberta. Talvez seja por isso que eu pinto, para a surpresa da novidade.
Ao longo dos meus anos de experimentação, desenvolvi um interesse especial pelo homem e sua relação e efeito sobre a natureza. Depois de anos estudando os grandes mestres da pintura, encontrei minha ferramenta técnica na pincelada pós-impressionista e o enredo no simbolismo. Essa mistura leva a um trabalho figurativo e conceitual, como resultado de uma tarefa introspectiva do ponto de vista da natureza, mas que sugere muitas perguntas ao espectador.
Minhas obras de arte permitem que as pessoas observem o cenário de maneira diferente, como se alguém pudesse aproximar um pedaço de floresta, apenas deslizando o dedo na tela, para descobrir algumas vezes uma palavra animal verdadeira, algumas vezes um mundo onírico e outros um distópico.
Como mencionei no começo, por que não viver eternamente em um instante surpresa? De que maneira o desconhecido para o novo? Maravilhado? É esse prazer, que às vezes pode ser ilusório, breve ou até sustentado, a razão pela qual a arte esteve comigo a vida toda, apesar das circunstâncias difíceis”.