David Catá

Espanha, 1988

GALERIA METRO

David Catá escreve com agulha e linha a história da sua vida no seu próprio corpo. É um diário autobiográfico que ele faz na pele da palma da mão, uma acção marcada pela profissão da sua mãe como costureira que o seduz desde a infância. Os pontos e suturas feitos no seu corpo são uma metáfora para a simbiose indissolúvel entre a passagem do tempo e o esquecimento, uma impressão na sua própria pele para recordar. Através destas acções performativas ele cria imagens com fios coloridos cosidos superficialmente na epiderme, que contextualiza em diferentes séries, representando todas aquelas imagens, emoções e sentimentos que o marcaram ao longo da sua vida.
Horizontes é uma série aberta iniciada em 2017, até agora constituída por oito obras em que David Catá costura aquelas paisagens que parecem prontas para serem descobertas e, através de uma acção performativa e efémera, grava-as através de fotografia e vídeo. Estas obras criam um confronto entre o passado e a incerteza do futuro. São cenários que definem o artista emocionalmente e se tornam o cenário da sua história, criando uma mimese entre a paisagem e o seu corpo, o seu horizonte e o do próprio artista.
David Catá, Licenciado em Artes Plásticas na Faculdade de Pontevedra. Mestrado em fotografia de conceito e criação no EFTI (Madrid). Realizou workshops com Alejandro Castellote, Chema Madoz, Ciuco Gutiérrez, Eugenio Ampudia, Fernando Marcos, Jesús Micó, Matt Siber, Miguel Oriola, Olaf Martens e Peter Bialobrzeski. O seu trabalho já ganhou muitos prémios e foi incluído em exposições importantes.