HANNS SCHIMANSKY
Bitterfeld, Alemanha, 1949
Apresentedo pela GALERIE JEANNE BUCHER JAEGER
Ao longo dos anos, Hanns Schimansky foi pacientemente criando uma original poética visual, que se funda num forte posicionamento ético: a escolha voluntária do desenho como prática exclusiva.
Técnica e estilisticamente o seu trabalho divide-se em três grupos bem distintos: desenho a grafite sobre papel preparado, dobragem em que a cor vibrante surge como elemento estruturante e desenho a tinta da China aplicada com aparo. Estas “melodias visuais” têm inspirado várias gerações de novos artistas e colecionadores.
Podemos seguir com o olhar a linha exploratória que avança e se espalha como um rizoma através da superfície do papel. Nalguns casos, escutamos virtualmente essa linha visual-acústica que resulta da passagem do aparo metálico, carregado de tinta, na superfície mais ou menos rugosa do papel. O desenho/partitura compõe-se então das marcas deixadas pelo avançar da linha, pelas suas ruturas e pelas suas intermitências.