INMACULADA SALINAS

Espanha, 1934

RAFAEL ORTIZ

Inmaculada Salinas acredita que o seu papel como artista é provocar a reflexão sobre o mundo que a rodeia, levantando questões como: Pode a erradamente chamada “pintura ensimesmada” de hoje incitar a essa reflexão? Perante tanto grito oco, vazio, inócuo, acomodado e institucionalizado, pode um simples ritmo, um silêncio, um gesto suicida ou até uma fuga do dominante, provocar reflexão? Ou desejamos simplesmente passar por “inútil”?

Talvez seja no momento do questionamento que a vida faz mais sentido. Para Imaculada, ouvir a voz tem a ver com algo mais profundo do que o som. A voz é presença, e por isso, nas suas últimas propostas monta uma rede capaz de recolher e analisar ausências e presenças e, juntamente com elas, as suas qualidades.