Margarida Alfacinha
Portugal, 1975
Este trabalho é o caminho de uma voz que foi silêncio, calada no tempo, traçada
no espaço, impressa na tela e no papel. É a voz que se insurge contra a palavra silenciada. A palavra desenhada, o risco, o rasgo e o grito misturam-se, confundem- se, fundem-se.
É a mulher que diz, que fala, que sofre, que cala. É a mulher que luta e contribui.
É o caminho do tempo que é passado, tornado presente, que por fim se expressa e fala, que nunca mais se cala.
Margarida Alfacinha traçou um percurso feito às curvas, aos esses, aos tropeções. Caminho da verdade, da revolta, da luta de ser mulher, mãe e artista.
Esta voz é o lugar da liberdade de ser, de sentir e existir, mulher.
Margarida Alfacinha é Artista plástica, profissional e mãe de três crianças, é formada em Design de Comunicação Visual pelo I.A.D.E. e fez vários cursos de Pintura e Estética na Sociedade Nacional de Belas-Artes. Expõe desde 1993 e está representada em colecções particulares e públicas. O trabalho artístico de Margarida Alfacinha assume com frequência um espírito de intervenção cidadã, cívica e comunitária, como no projecto «375 Desenhos», ou a colaboração com a Casa da Achada, o projecto Avenida Intendente ou o Mercado P’la Arte – Plataforma Cívica para dar lugar à Arte.