Margarida Lagarto

Portugal, 1954

GALERIA MONUMENTAL

Chamai-lhe sombra ou ilusão é o quarto momento dos «cadernos wordsworthianos», que Margarida Lagarto vem há anos elaborando na companhia de O Prelúdio, longo poema autobiográfico do poeta romântico inglês William Wordsworth (1770-1850).
Como num fenómeno de fototropismo inverso, Margarida Lagarto dirige o olhar e o traço, nas paisagens de caminhar que são afinal todas as obras desta artista/ caminhante interior e exterior, para as sombras, para as nuvens, para as poças que a chuva deixa em espelhos de céus e jardins submersos. Desta vez, traz-nos também testemunhos concretos desta reflexão sobre a natureza e a sua permanente metamorfose, de que o desenho capta o vivo, a fragilidade, o instante e a sombra. Gradação do anil do céu à púrpura das tradescâncias, essas plantas de folhas de tonalidade sombria que são também grandes e determinadas caminhantes.
Margarida Lagarto nasceu em Veiros, Estremoz, em 1954. Vive e trabalha em Évora. Fez o curso de pintura na Escola António Arroio, em Lisboa, entre 1969 e 1975. Frequentou o curso de pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, entre 1979 e 1981. O seu trabalho de pintura, desenho e escultura foi apresentado em várias exposições individuais e participou em diversas exposições colectivas. O seu trabalho está representado em várias colecções privadas e em colecções institucionais como as da Fundação PLMJ, Colecção BPI e FLAD – Fundação Luso-Americana.