MARIA TRABULO
Portugal, 1989
Os trabalhos de Maria Trabulo remetem para uma problematização da visão e representação do mar. Um arco de vastas temáticas desde as mais abstratas especulações líricas ou metafísicas até às mais dramáticas realidades sociais quotidianas. Como se olha e o que se vê ao olhar o mar? O que subjaz a essas visões e que resta delas? Cores, texturas, luz, escuridão, sal, lágrimas…
O seu trabalho parte de uma pesquisa que se desenvolve em torno de uma possibilidade de definição da cor do mar, não buscando necessariamente uma conclusão definitiva mas exclamando precisamente as suas diferenças e contrariedades a um consenso universal.
Ir além do azul é pedir aos inquiridos que definam o mar para além da sua aparência formal, procurando alcançar a experiência pessoal de cada um com o mar o ou oceano, e deste modo, assuntos e acontecimentos do foro político e social da história e geopolítica mundial dos nossos dias.
Maria Trabulo é uma artista e investigadora multidisciplinar que vive entre o Porto e Viena. Maria tem vindo a desenvolver uma carreira artística internacional, expondo frequentemente em instituições e espaços independentes tanto em Portugal como no estrangeiro. Contribui regularmente para seminários, publicações e projectos culturais, tendo apresentado o seu trabalho em diversos formatos e lugares, e participado em várias residências artísticas na Áustria, Alemanha, Itália, Grécia, Portugal e Irão. Ao longo do seu percurso artístico, a artista tem vindo a desenvolver projectos em colaboração com profissionais das artes performativas, cénicas, arquitectura, música e curadoria.
A sua prática cultural distingue-se pela interdisciplinaridade. Para além da sua prática artística, Maria fundou a In Spite of, em 2018, uma iniciativa cultural gerida por artistas na cidade do Porto, com um programa de exposições focado na fixação e valorização de práticas artísticas locais, ao abrigo do apoio Criatório da CMP. Entre 2012-2015, foi membro fundador do Expedição, um projecto cultural focado na revitalização da cena artística na cidade do Porto durante a crise financeira.
Maria tem um mestrado em Arte&Ciência pela Academia de Artes Aplicadas de Viena e anteriormente licenciou-se em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e a Academia de Belas Artes da Islândia. Recebeu diversas bolsas e apoios pelo seu trabalho académico e artístico, nomeadamente da Fundação Calouste Gulbenkian, Criatório, DGArtes/Portugal; Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Foi a vencedora do prémio Novo Banco Revelação 2018.
Exposições colectivas e individuais seleccionadas: Galeria da Bovista – Galerias Municipais de Lisboa; MAAT Lisboa; Teatro Rivoli, Porto; Quartier General, La Chaux-de-Fonds; Schneiderei, Viena; Galeria Municipal Almeida Garrett, Porto; Museu do Neo-realismo, V.F. Xira; Kluckyland, Viena; Ungart Gallery, Viena; Galeria Múrias Centeno, Porto; Cristina Guerra Contemporary Art Gallery, Lisboa; Pavilhão 31, Lisboa; Escritório Espaço Avenida, Lisboa; Karat, Colónia; Super Tokonoma, Kassel.