PABLO ARRÁZOLA

Cota, Cundinamarca, Colômbia, 1991

Apresentado por ADRIÁN IBÁÑEZ GALERÍA

Para Arrázola, nós coexistimos com o nosso meio ambiente numa relação de construção mútua, onde a nossa identidade é, em grande parte, o resultado da forma como nos apropriamos de nossa paisagem, e a paisagem, por sua vez, é o resultado da forma como essa identidade coexiste com a paisagem, criando um campo de fertilidade para a transformação do espaço e, por consequência, de nós próprios. Somos, de forma geral, o conteúdo da nossa paisagem e vice-versa. No seu trabalho, há uma quantidade infinita de narrativas possíveis em que esses dois conceitos se cruzam. Arrázola tenta evidenciar o simbolismo do quotidiano de cada imagem para criar novas experiências, numa espécie de convite para pensarmos naquilo que vemos e no que está aparentemente ausente.
Na sua exploração do papel e do desenho, imagens sugestivas dão início a um diálogo com o espectador, deixando abertas várias possibilidades de narrativas visuais. As situações tornam-se histórias, apenas quando se encontram com o olho do espectador e as memórias e experiências que essa pessoa traz para o trabalho. Intencionalmente vago, o seu trabalho põe muitas vezes no primeiro plano crianças, cuja ingenuidade nos remete para a época em que começamos a criar os nossos próprios mundos.