Paloma Varga Weisz

PEDRO CERA

A obra de Paloma Varga Weisz (1966, Mannheim, Alemanha) explora temas de memória, mortalidade, transformação, metamorfose, o estranho e o tragicômico. Ressonâncias históricas da arte e literárias permeiam o seu trabalho. Varga Weisz reúne influências do folclore alemão, da iconografia cristã e da escultura modernista em um estilo pessoal distinto, caracterizado tanto pelo surrealismo lúdico quanto pela franqueza emocional.
Embora formada em talha de madeira e conhecida pelo seu trabalho escultórico, o desenho ocupa um papel igualmente importante na prática da artista. Utilizando lápis, papel e tinta misturados com água, as aguarelas de Varga Weis retratam, assim como as suas esculturas, personagens imaginários que lembram corpos surreais de contos de fadas. O seu gênero, ação e posicionamento geralmente ficam ambíguos, insinuando um cenário de sonho onde tudo é possível, mas nada é certo. Despojada de qualquer ligação com tempo e lugar, a obra questiona assim a relação frequentemente ambígua entre verdade e ficção, sonho e realidade.

Untitled, 2007
Aguarela e lápis sobre papel. 41 x 31 cm / 60 x 49 cm (com moldura).