SEBASTIÃO CASTELO LOPES

Lisboa, Portugal, 1994

GALERIA MONUMENTAL

Com um percurso artístico e académico decididamente centrado no desenho, Sebastião Castelo Lopes articula traço e palavra num trabalho de uma notável força poética, onde o jogo de intertextualidades semeia – deixando ao espectador o trabalho de colher – referências a universos de escrita que vão de Baudelaire a Jaime Gil de Biedma, Adília Lopes, Mariangela Gualtieri, Miguel Cardoso, John Steinbeck, entre outros. Este trabalho virtualmente interminável, que se aplica a fazer, desfazer, refazer e sobre fazer, a preto e branco, o traço, a marca, o indício, a palavra, é por si declarado desde Work’s Words, poema visual e manifesto artístico de 2016. O desenho expande-se também para a tridimensionalidade, ganhando destaque – “saltando” da página – em elementos minimais que acentuam o carácter de instalação, experimentação, leitura, apropriação e jogo a que a sua obra convida.
Ganhou o Prémio de Aquisição Fundação Millennium BCP na edição de 2019 da Drawing Room Lisboa. Para além desta, está representado noutras colecções particulares e públicas, como a do Budapesti Torténeti Múzeum.