TIAGO SANTOS
Oliveira de Azeméis, Portugal, 1996
MODULO – CENTRO DIFUSOR DE ARTE
Estes trabalhos surgem de uma vontade de fundir matérias (húmidas, secas e oleosas) em folhas de papel. O seu imaginário é geralmente constituído pela representação de espaços (interiores e exteriores) – com a ocasional aparição da figura humana. Contudo, como não poderia deixar de ser, é com a materialização desse imaginário que os trabalhos se engendram. Nesse sentido, o papel, maleável e frágil, comportando-se consoante a matéria que lhe é impregnada, por vezes surpreende pela subversão das nossas vontades. A sua propensão à mudança revela que o que se representa está intimamente ligado com o modo como se representa. No fim de contas, é a passagem de inspirações a expirações, mais ou menos conscientes, mais ou menos tonais – consoante a absorção e a rejeição das matérias nos papéis –, o que acaba por definir o desfecho dos trabalhos.