MANUEL SAN-PAYO

Lisboa, Portugal,1958

GALERIA MONUMENTAL

Toda a obra de Manuel San-Payo é essencialmente devedora do desenho na sua evidente componente gráfica. Mantendo desde há décadas uma disciplinada prática diária de desenho de observação do quotidiano, mesmo a dominante abstracta da sua obra mantém um conflito latente com a figura e a figuração, sempre subjacente ou em suspensão. Nesta série, ”Planetas Portáteis e Outras Ruínas”, regressa a uma aparente figuração, ancorada na pedra. Momento de um ciclo essencial, intemporal, a pedra é lugar/suporte existencial, mas também registo estratigráfico em que a escala temporal do humano e do universal se dissolvem. O artista encontrou neste tema uma relação íntima com as questões da grafia e do registo, não só na vertente conceptual da palavra (lapis, traço, estrato) mas também na prática directa da utilização de meios e suportes gráficos intimamente relacionados com essa realidade – o carvão, a grafite, o traço, a incisão. Gravitas/Levitas.