SERGIO MORA

Barcelona, Espanha, 1975

GALERÍA SIBONEY

Sergio Mora pertence a uma geração de jovens artistas que, desde o início do século XXI, expandiram a sua atividade pictórica para além dos limites da tela. Mais uma vez ocuparam espaços que sempre precisaram da ousadia da arte, do ofício do pintor, mas que, após o impulso da pós-modernidade, haviam sofrido uma mudança fora do foco da discussão estética, talvez devido à clara tendência de estes pintores não excluírem das suas obras um estilo narrativo marcante: um caminho que podia confundir-se com o da ilustração e que, longe de perturbá-los, estimula e fortalece as suas convicções.
A sua série Tropical Window é complementada por cerâmicas monocromáticas em azul celeste, nas quais desenvolve a sua iconografia única, os vulcões que extraem vida do centro da terra, com alusões ao clássico cinema de ficção científica, como eixo narrativo e filosófico. Infância, jogos e brinquedos, televisão, rock, pop, cinema, ficção científica, monstros, a arte como algo mágico, que Mora sempre defende, são elementos que povoam as suas obras até se tornarem lugares de transformação, memória, alegria e esperança, uma vida após a morte que se realiza através da contemplação.